ESBOÇO 743
TEMA: JOSUÉ, O
SUCESSOR DE MOISÉS.
TEXTO:
JOSUÉ 1:1-9
Todo líder essencialmente deve
preparar um sucessor, por mais seguro que ele se ache um dia será substituído.
Moisés foi um grande líder e preparou Josué para ser o seu sucessor, mas a bíblia
não registra quem Josué preparou para ser seu. Moisés passa a liderança do povo
a Josué para conduzi-los a terra prometida, ele também recebeu de Deus promessas
e as instruções necessárias para conduzir o povo até Canaã, a terra prometida por
Deus a Abraão. Pensemos um pouco a respeito de sucessão, critérios, capacidade
e os cuidados com as aparências dos que forem sendo chamados.
Um sucessor
A
infalibilidade humana leva o homem a pensar da seguinte forma: Quem irá me
substituir? Atualmente há uma preocupação de muitos líderes sobre os seus
sucessores, alguns já têm a pessoa certa, geralmente é um membro da família, um
filho, um genro, isso acontece, seja em qualquer área. Parece que outras
pessoas, a não ser da família são tidas como incapazes para assumir a liderança
de um empreendimento, no sentido religioso há diferença, principalmente quando se
acredita que a escolha de pessoas para certos serviços sagrados acontece com o
envolvimento divino, ou seja, Deus escolhe, ou aprova a quem o homem escolher, nesse
caso quando a escolha é feita de maneira descompromissada com Deus, violamos a
soberana vontade, ou seja, ele tem que aceitar mesmo contra a sua vontade quem
eu escolhi. Josué já havia sido treinado por Moisés, nos encargos e nas comissões a
ele confiado.
Há
um bom e grande exemplo nos dias dos apóstolos, Matias foi escolhido para ficar
no lugar de Judas, mas de que maneira? "E,
orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual
destes dois tens escolhido. Para que tome parte neste ministério e apostolado,
de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar.” E, lançando-lhes sortes,
caiu a sorte sobre Matias, e por um voto comum foi contado com um dos onze
apóstolos (At 1:24-26). Oração deve ser o ponto de partida para
qualquer escolha e decisão a ser tomada na igreja, algo interessante deve ter
ocorrido no momento da escolha, lançaram sorte e caiu sobre Matias, embora
existam alguns questionamentos sobre essa escolha que não prefiro comentar
nesse argumento.
Critérios
para assumir um apostolado
Há
critérios desde a primeira escolha dos Diáconos para a Igreja, (At 6:3), os
escolhidos deveriam ser selecionados para desenvolver a função de diáconos,
talvez hoje não se olhe a necessidade desses critérios, porém são indispensáveis,
os candidatos deviam ter qualificações morais e espirituais para fazer parte do
corpo ministerial da igreja (I Tm 3:1-13). Os escolhidos necessariamente devem
viver uma vida exemplar tendo um bom convívio familiar (I Tm 4:12,15).
A capacidade
Escolher
homens capazes é imprescindível para o bom desenvolvimento da obra, porém muitas
vezes queremos levar ao extremo considerando que a capacidade intelectual seja
tudo, e se dispense à espiritual. Deus é quem capacita (2 Co 3:5) e conhece a
pessoa certa para o lugar certo. Muitas vezes o egoísmo não permite preparar obreiros
para a seara do mestre, já quer encontrar pronto, muitas vezes querem trazer
para dentro da igreja a automatização, ou seja, tudo seja imediato e sem
nenhuma avaliação prévia, às vezes são escolhidas pessoas cuja cultura engorda
os olhos do líder, mas isso se constitui um perigo para a obra de Deus.
Antigamente se errava menos, porque se pedia a direção e orientação divina
através da oração quando era necessário substituir um obreiro em determinada
congregação, torno a lembrar que após a morte de Judas houve uma preocupação de
quem ocuparia o seu lugar, eles oraram e lançaram sorte, votaram e elegeram Matias
para compor o ministério.
Os desgastes de
Moisés
Durante
o seu ministério Moisés pensava que podia fazer tudo sozinho, e isso lhe trouxe
um desgaste muito grande, muitas vezes tem aquele que observa o líder, mais tem
receio de dar uma orientação para facilitar o trabalho, ou uma dica. O sogro de
Moisés, o Jetro, vendo o seu desgaste disse para ele escolher homens líderes
para lhe ajudarem (Ex 18:24), não devemos esquecer que existem os Bezalieis no
meio da congregação “aquele tipo de
pessoa simples, mas pau para toda obra” esses muitas vezes não é visto, mas
Deus sabe aonde eles estão e pode nos revelar.
Cuidado com as aparências,
elas enganam.
Cuidado
com as aparências, muitas vezes é o que se leva consideração pensando como
Samuel nos primeiros momentos ao chegar à casa de Jessé para ungir um rei para
Israel, a sua visão focou muito bem em Eliabe, moço forte, cuja aparência se
destacava dos demais irmãos (I Sm 16:6). Na visão divina é diferente, muitas
vezes o Senhor apresenta alguém que não chama a atenção através da aparência, “Deus
escolhe as coisa vis para confundir as que são” (I Co 1:26-28). Davi era o
menor, parece ser ele o serviçal da família, “aquele tipo vai fulano” estava
distante de casa por trás das ovelhas “achei Davi por detrás das malhadas” (2
Sm 7:8,9). Aqueles que ainda hão de desenvolver algo na obra de Deus muitas estão
longe do nosso alcance, talvez já estejam perto, outros talvez ainda na
escravidão do pecado, alguns ainda estão como Davi cuidando no aprisco das ovelhas,
no esquecimento e outros já estão sendo trabalhado por Deus.
Após
Josué ser nomeado para o comando recebeu a confirmação do Senhor logo no inicio
da sua liderança “Assim como fui com Moisés serei contigo” (Js 1:8). Os
critérios para que Josué fosse confirmado como novo comandante do povo de Deus foram
as suas boas qualidades e as experiências adquiridas na companhia de Moisés,
Deus capacitou Josué para substituir o maior líder da história da humanidade.
Na atualidade Deus continua chamando a capacitando quando não é escolhido por
vista, mas na direção de Deus.
Pr.
Elis Clementino – Paulista-PE
AD
Excelência
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