O REI ORGULHOSO

ESBOÇO 632
TEMA: O REI ORGULHOSO
TEXTO: PROVÉBIOS 16:18

            Um dos males que tem alcançado muitas pessoas de destaques como: Reis, autoridades políticas e religiosas, entre outros líderes é sem dúvidas o orgulho. Essa altivez de espírito vem de muito longe, desde os antepassados e na contemporaneidade não está sendo diferente, o orgulho cresce nos corações de pessoas em todas as áreas da sociedade. A soberba dá ao indivíduo uma sensação que tudo ele pode, além de não haver limites para os seus desejos conduzindo-o a sede e a fome de querer mais e mais e nunca se fartar, mas é importante ressaltar que o orgulho precede a ruína. Nas escrituras temos um exemplo que deve ser ponderado, pois podemos extrair desse exemplo uma grande lição para os nossos dias.

O rei Uzias foi o décimo rei de Judá, o seu reinado teve inicio por volta de 720 aC. A sua história consta em 2 Cr 26 e em 2 Rs, ele foi um contemporâneo do profeta Isaias, Uzias era um grande guerreiro, filho do Rei Amazias. Uzias iniciou o seu reina de maneira humilde sobe a proteção espiritual de Zacarias, homem de visões de Deus. Uzias se tornou um homem inteligente considerado um grande engenheiro de sua época, fez armas poderosas para lançar pedras à distância, possuía fazendas, gostava de agricultura, construiu reservatórios de água, fortificou torres e edificou uma cidade chamada Elate, ele venceu grandes batalhas de forma que a fama voou até chegar ao Egito. O perigo não é chegar ao topo da fama, mas como manter-se nela de maneira simples e humilde.

O coração de Uzias
A inclinação humana é se ufanar dos seus momentos de glórias, isso aconteceu também com Nabucodonosor (Dn 4:30), mas continuaremos nesse assunto falando sobre o Rei Uzias. Levemos em consideração alguns estágios da sua vida: (1) No inicio do seu reinado ele foi bem, mas nem sempre começar bem é sinal de terminará bem, a obediência, submissão e a humildade marcaram o começo do seu reinado. Ter um bom começo em determinados projetos não significa terminar bem, pois há alguns fatores que são fundamentais para terminarmos bem, principalmente quando se trata de algo que está relacionado aos propósitos divinos (2 Cr 26:1-5); (2) A sua fidelidade e as bênçãos de Deus sobre Uzias não foram aproveitadas por ele (2 Cr 26:6-15); (3) A infidelidade a Deus contraiu a maldição para ele, a arrogância gera deslealdade, ele se tornou incapaz de discernir o certo do errado, o anseio de poder conduziu-o ao desmoronamento espiritual e consequentemente a maldição (2 Cr 26:16-21); (4) O seu final foi triste, a sua desobediência lhe tornou leproso (2 Cr 26:22-23), A lei da semeadura é inalterável (Gl 4:7), porque desconheceu as funções sacerdotais, ora! A ele não pertencia à queima de incenso (2 Cr 26:17-20). O homem de coração soberbo não ouve a ninguém, os líderes soberbos se tornam insensíveis, basta nos lembrar de Roboão a sua insensibilidade desconheceu as necessidades do povo que lhe pedia que as cargas de impostos deixados pelo seu pai fossem aliviadas (2 Cr 10:1-19). Há muitos líderes que envelheceram não na idade, mas na arrogância e prepotência, entretanto um líder que não reconhece as suas falhas ele não está apto para liderar.

            O que aprendemos com esse episódio é não sermos dominados pela arrogância. O perigo não é se fortificar, mas de que forma nos comportamos, há um dito popular que diz: Quer conhecer um homem dê poderes a ele, poder, fama e dinheiro são três coisas extremamente perigosas, somente a humildade pode fazê-lo entender que elas são passageiras, e nada é. Enganoso é o coração mais que todas as coisas (Jr 17:9), quem pensar ser alguma coisa não sendo nada enganam a si mesmo (Gl 6:3). As escrituras ressaltam sobre isso dizendo que Deus exalta e abate (1 Sm 2:7), se olharmos para o que disse Salomão (Ec 3:1) veremos que todo PODER e GLÓRIA também passam, por isso precisamos ponderar bem e valorizar a cada oportunidade que temos na vida. Ser humilde é o reconhecer as suas próprias limitações, Uzias viveu duas fazes na sua vida, a primeira foi muito boa, ele se comportou com humildade honrando o seu guia espiritual, mas a segunda o conduziu o fracasso. Atualmente muitas pessoas estão na mesma situação de Uzias quando perdeu a sua simplicidade, coisa que Paulo enfatizou não perder (2 Co 11:2). “A pureza dos sentimentos se manifesta na simplicidade de cada momento de nossas vidas.” Adrina Araújo Leal. “Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, aborrecereis o conhecimento? (Pv 1:22).


Pr. Elis Clementino – Paulista -PE

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