O FRUTO DO ESPÍRITO

ESBOÇO 633
TEMA: O FRUTO DO ESPÍRITO
TEXTO: GALATAS 5:22,23

            Um dos brilhantes ensinamentos do Apóstolo Paulo foi o tema que ele abordou em sua carta direcionada aos gálatas, nela ele apresenta o fruto do Espírito como característica do cristão. O fruto do Espírito conforme Paulo (Gl 5:22,23) ele reúne todas as peculiaridades divinas que podem ser praticadas pelos cristãos. Veremos de maneira suscita sobre o que contém o fruto do Espírito e o que ele produz no cotidiano cristão.

Amor:
O Dom maior de Deus (I Jo 4:8; Rm 5:5) Há quatro palavras básicas referentes o amor na língua grega.
a) EROS: (Sensual) Físico: Afeição física, amor sensual. Este não é usado nas escrituras.
b) STORGE: (Social) Familiar, amor social, como o amor pela nossa família, comunidade ou país, somente o adjetivo amor fraternal é encontrado nas escrituras (Rm 12:10).
c) PHILIA: (emocional) Amizade, amor emocional baseado no prazer recebido de um relacionamento. É encontrado somente 22 vezes nas Escrituras em sua forma verbal.
d) ÁGAPE: (racional, volitivo) “volitivo respeitante á volição ou à vontade” divino (I Co 13), Afeição nobre. O amor devocional e volitivo é baseado no caráter do sujeito que ama, e no valor do objeto amado. Este termo é muito comum nas Escrituras. O substantivo é encontrado 113 vezes e o verbo 115 vezes. Vejamos a tamanha importância do amor.

É um amor forte, compassivo, incondicional, que se expressa pelo envolvimento voluntário nos negócios de outra sem nada querer em troca (Rm 5:5, Ef 5:2, Cl 3:14) Este termo assume um significado muito mais aprofundado e divino pelo seu uso na Bíblia. Origina-se em Deus e termina com o homem. É o amor que envolve a razão, uma escolha e um sacrifício altruístico. É incondicional, universal, e eterno. È algo que se dá, perdoa, redime. A melhor ilustração desse amor encontra-se na parábola do bom samaritano (Lc 10:30-37).

Alegria:
A força do amor (Pv 15:13,14; I Ts 1:6; Ef 5:18-21; I Tm 1:11; Rm 14:17). A palavra grega referente à alegria é CHARA. A forma verbal CHAIREN que significa alegra-se ou que a alegria seja contigo (Lc 1:28; Mt 28:9;  Tg 1:1); CHARA significa enorme prazer no interior. A alegria cristã não é uma emoção artificial, mas é uma ação do Espírito Santo na vida do ser humano. É uma alegria fundamentada num relacionamento constante com Deus. Quando temos Jesus em nossos corações, temos a verdadeira alegria dentro de nós. A alegria do Senhor está sempre conosco, independente de como nos sentimos (II Co 6:10).

Paz:
A segurança do amor (Rm 14:17;  Fp 4:9;  2 Ts 3:16): Esta palavra é derivada de uma palavra grega  “EIRENE” Paz significa “um senso de segurança durante tempestade”. É também “ausência de conflito mental” é “um sentimento de descanso e contentamento” Estamos em paz quando estamos no relacionamento correto com Deus, com os outros e com a nossa própria vida. A paz cresse dentro de nós à medida, em que firmamos os nossos olhos em Jesus Cristo, ele é a nossa paz. É a paz de Deus em operação em nós que traz o equilíbrio e a ordem a todas as áreas de nossas vidas (Cl 3:15; Fp 4:7).

Longanimidade ou Paciência:
Á perseverança do amor (II Pe 3:15; I Pe 3:20). A palavra grega referente à longanimidade é “MACROTHUMIA” que significa literalmente “Temperamento Longo” Onde temperança refere-se a um estado de mente calmo e controlado. Significa, ainda “suportar por longos períodos de tempo as deficiências dos outros”.

Ser perseverante, tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4:2; 2 Tm 3:10; Hb 12:1). Consiste em suportar as fragilidades e provações alheias, suportando igualmente todas as tribulações e dificuldades da vida sem murmurações e rebeldias.

Longanimidade é esperar com fé, esperança e Amor que à vontade de Deus seja realizada numa dada situação. Ela é a força para ficarmos firmes quanto ao chamado de Deus em nossas vidas e quando estamos sendo dolorosamente testado através dos problemas e dificuldades.

Benignidade:
A conduta do Amor (Lc 6:35;  Rm 2:4; Sl 5:7); A palavra grega para a benignidade é “CHRESTOTES”. Ela retrata um cuidado especial e um interesse pelos outros. É uma atitude afável que coloca as pessoas à vontade e as protege dos sofrimentos.

Benignidade é a qualidade de ser suave no falar, de temperamento calmo. Aquele que possui qualidade não se mostra inflexível e exigente para com os semelhantes (Ef 4:32;  Cl 3:12;  I Pe 2:3). Nas escrituras a benignidade geralmente está relacionada com o perdão.

Bondade:
O caráter do Amor (Ef 5:9; Na 1:7; Ed 3:11) Bondade vem do termo grego “AGATHOSUNE” É um termo genérico para a excelência ou alta qualidade. A bondade  pessoal , como é  definida através do seu uso nas escrituras, tem duas partes importantes. - Uma delas é o caráter e a conduta – O que somos e o que fazemos – as nossas atitudes e nossas ações. É o ato de ser bom, virtuoso, devotado e generoso. É o estado ou qualidade de ser benéfico, agradável e prazeroso.

O homem natural tem uma natureza má, porem à medida que cresse em Cristo e anda dia a dia, momento a momento, sob a direção do Espírito Santo, o amor bondoso que é a característica do fruto do Espírito, torna-se mais e mais evidente a sua vida. A bondade é uma qualidade cristã que se desenvolve na proporção da maturidade em Cristo.

Fidelidade:
A conduta do Amor (I Co 1:9; I Ts 5:24; II Co 1:18); Fidelidade vem do grego “PISTIS”. É o mesmo termo de onde obtemos a palavra , as duas palavras estão associadas. Há algumas diferenças, no entanto entre estas palavras, as quais são vistas através do contexto ou cenário em que se encontram.

A fidelidade é usada quando as escrituras se referem ao ato de sermos confiáveis, responsáveis e acima de tudo mais leais. Significa que somos dignos de confiança, fidelidade significa uma confiança baseada em ouvir e falar, é a qualidade ou estado de aderir firmemente a uma pessoa, causa ou idéia, á qual se está vinculado (Mt 23:23; Rm 3:3; I Co 4:2; 2 Tm 6:12; Tt 2:10).

Mansidão:
A humildade do Amor (II Co 10:1); A palavra grega referente à mansidão é “PRAUTES” que significa a qualidade de ser paciente ao receber injurias; a disposição de ficar em segundo lugar. É moderação associada à força e a coragem. Ela combina as qualidades da força e da docilidade, e muito mais (II Tm 2:24,25; I Pe 3:15).

Em relação a Deus, é aquele temperamento do Espírito no qual aceitamos os tratos divinos como bons e sem discussão ou ressentimento. Com relação às pessoas, a palavra “PRAUTES” era usada para se descrever as pessoas que eram benignas e dóceis na conduta, mas que se achava em posição de poder e de autoridade (Nm 12:3; II Cor 10:1); A mansidão é primeiramente uma atitude interior de submissão confiança para com Deus. Através desta fonte de força podemos falar e agir quando devemos e da maneira como também permanecer em silencio e esperarmos, quando esta estiver na vontade e no propósito dele.

Domínio Próprio, Temperança, Auto-Controle;
A vitória do Amor Tg 3:2 A palavra grega referente ao Autocontrole é “ENKRATEZA” significa FORÇA os dois termos refere-se a um poder dominador que procede de dentro – Um controle interior. A natureza deste controle será determinada pelo ou que ou por quem estiver no trono de nossas vidas.

Esta característica do fruto do Espírito, o autocontrole, negação e disciplina do nosso ego. É moderação nos apetites e opiniões. É autocontrole na conduta; domínio sobre os nossos próprios desejos, inclusive fidelidade aos votos conjugais, também pureza (I Co 7:9; I Co 9:25; Tt 1:8; T 2:5; Pv 16:32; Pv 25:28).

Autocontrole: É um espírito de equilíbrio. Devemos tomar cuidado com o que lemos, ouvimos e vemos. A vida do ego controlada pelo Espírito produz a verdadeira liberdade.

“A vitória mais difícil é a vitória sobre o eu.” Aristóteles

“Domina-te a ti mesmo. Enquanto não tiveres conseguido isso, será apenas, um escravo.” Roberto Burton

Pr. Elis Clementino- Paulista -PE


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