CUIDADO COM O MURMÚRIO

ESBOÇO 620
TEMA: CUIDADO COM O MURMÚRIO
Números 11:1-10

            Os israelitas tinham um sonho de um dia sair da escravidão do Egito, mas esse sonho tornou-se realidade, finalmente saiu do Egito. Para os hebreus todo pesadelo ficou para trás e dali em diante tudo seria maravilhoso, só que não contavam com os desafios que os esperavam durante a viagem cujo destino seria a terra prometida, terra que manava leite e mel como disse o Senhor (Ex 3:8), terra que o Senhor prometera a Abraão, a Isaac e a Jacó que lhes havia de dar (Ex 33:1).

Toda conquista tem um preço
O caminho em direção a conquista revela algo que jamais esperávamos, são os contratempos e as dificuldades. Deus não nos dá algo grande que não paguemos o preço para alcançá-lo, o nosso desejo é sempre conquistar algo grande, mas será que estamos prontos para enfrentar os desafios? Será que estamos prontos para conquistar? Em uma competição atlética todos os envolvidos têm um alvo a alcançar, porém ele terá que vencer os obstáculos até alcançá-lo “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar...” (I Co 9:24,25), além disso ele não pode correr na incerteza. Nada nessa vida é completo e perfeito, por isso existe a insatisfação, ela está presente em todos os lugares, e os murmúrios aparecem e muitas vezes são de maneira velada.

O vulgo que estavam entre eles
Quando os hebreus saíram do Egito no meio deles vieram outros povos “vulgo” eles aproveitaram a oportunidade e também saíram com os hebreus, mas no caminho logo quando apareceram às dificuldades e eles começaram a induzir os Hebreus a murmurarem contra o seu comandante e líder espiritual “Moisés”, aquele povo estava envolvido na saída, mas não tinham compromisso, apenas queriam livra-se da escravidão, portanto eles não faziam parte das promessas divinas para o seu povo, por isso eles murmuraram (Nr 11:4).

As revelações no deserto
Nos desertos, algo que jamais podíamos perceber será revelado pelo próprio homem, ou seja, no deserto ele revela o que há no seu coração “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.” (Dt 8:2,3).

A murmuração
Os murmurantes atrapalham e corrompe, “um murmurador gera outro”. “As más companhias interrompem os bons costumes” (I Co 15:33), e as más conversações produzem as mesmas coisas. O murmúrio é como aquele fogo que se acendeu no meio do povo que somente as orações de Moisés conseguiram apagar. O murmurador é um pessimista que induz qualquer indivíduo a querer voltar atrás, eles fizeram o povo sentir que no Egito era melhor, pelo menos lá tinha pepinos e cebolas de graça, Ora! Como era de graça? Se eles eram escravos? Isso pode acontecer com você! Sentir saudade de onde saístes e fostes libertos. Para eles era uma grande vantagem continuarem lá. Os Hebreus se esqueceram da dureza do trabalho e a humilhação com que eram humilhados por Faraó. Isso é uma prova que nem sempre estamos preparados para enfrentar as dificuldades dos desertos, jamais eles esperavam enfrentarem tantas dificuldades, mas isso fazia parte do contexto daquilo que o Senhor queria realiza na vida deles, era uma nova experiência que resultaria em algo maravilhoso. Tem experiências amargas que resultam em algo glorioso (Sl 119:71) E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8:28).

            A nossa confiança em Deus deve permanecer durante toda a nossa vida, seja por caminhos planos ou ásperos, essa confiança não pode ser abandonada, pois ela tem galardão (Hb 10:35,36). Nos desertos que atravessamos muitas vezes nos faltam às coisas que julgamos serem as mais necessárias, por isso somos tentados a olhar para a prosperidade dos ímpios como fez Jó, Davi e Asafe (Jó 21; Sl 37; Sl 73). A liberdade que nos deu o Senhor vale mais que as dificuldades. Deixemos o Egito de coisas para trás e vamos seguir avante, nem saudades devemos mais sentir, permaneçamos firmes, pois o Deus da provisão está conosco. Tudo Deus proverá!

Pr. Elis Clementino – Paulista - PE


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