ESBOÇO 612
TEMA: AS MALDIÇÕES
DE SIMEI
TEXTO:
2 SAMUEL 16:5
A finalidade desse assunto é mostrar algo sobre as conhecidas maldições ou pragas, elas amedrontam e afrontam as
pessoas e são impetradas por indivíduos cujos corações estão cheios de ódio e iras.
Essas terminações são usadas desde os tempos antigos, pois os indivíduos
acreditavam terem poderes dados por Deus, tanto para amaldiçoar quanto
abençoar, portanto ainda hoje esses termos são usados por pessoas muitas vezes religiosas.
Falaremos nesse mote sobre o significado de maldições, o poder delas, a
proteção divina sobre as imprecações e as bênçãos divinas.
Significado
a) A maldição é um ato ou efeito de
amaldiçoar ou pronunciar palavras de maldição sobre pessoas e coisas. (b) Imprecação (ato de imprecar,
maldição, praga). Existem alguns salmos considerados imprecatórios, são aqueles
que de alguma forma chocam, porque são julgadores, eles invocam a vingança e a
maldição do nosso Deus sobre pessoas e povos, inclusive as imprecações mais
longas estão nos salmos 35, 69 e 109, mas algumas descrições de vingança também
aparecem em outros, podemos citar alguns: (Salmos 31.17-18; 40.14-16; 54.7;
55.15; 58.6-7; 59.9-13; 83.9-17; 137.8-9; 139.19; 40.1). (c) Proclamar a desgraça de alguém ou uma praga.
O poder das
imprecações
Ao
ler os salmos são necessárias algumas considerações, pois as maldições em
algumas ocasiões expressas por pessoas apoiadas em algumas atitudes de outras
podem causar infortúnios “infelicidade, desgraça, calamidade e desventura em
determinados indivíduos”. As religiões antigas confiavam nessas declarações
emocionalmente carregadas, que proclamadas trariam essas consequências, por
isso as pessoas hoje em dia continuam temendo as maldiçoes (Rm 3.14). Devemos
levar em conta o poder espiritual daquele que amaldiçoava ou abençoava. Jacó
abençoou não somente os seus netos, Efraim, Manassés, mas também convocou os
seus doze filhos para abençoar a cada um deles. E essas bênçãos têm feito
sentir o seu poder entre os seus descendentes até hoje (Gn 49:1-33); Noé
amaldiçoou a Canaã filho de Cam, como também abençoou Cem e Jefé (Gn 9.25,26;
Dt 27.16). Há pessoas que recebem ajuda de espíritos malignos, e evidentemente
podem prejudicar, ou mesmo levar outra pessoa as enfermidades e até a morte,
entretanto não devemos ser supersticiosos a ponto de acreditar que venham sobre
nós mau olhado ou coisas parecidas, mas sabe-se que há pessoas dotadas de um
grande poder PSÍQUICO e podem produzir efeitos nas vidas de seus
semelhantes. Se amarmos as maldições elas sobrevirão (Sl 109:17). “Como
um pássaro que foge, como uma andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa
não se cumpre” (Pv 26.2).
Geralmente
as pessoas que recebe alguma palavra de maldição ou praga se sentem
terrivelmente abaladas, outras não, podemos falar sobre as pragas de Simei
sobre Davi. Aqueles que têm confiança em Deus não se desesperam “Quando o rei
Davi chegou a Beurim, um homem de clã da família de Saul chamado Simei, filho
de Gera, saiu da cidade determinando maldições conta ele” (2 Sm 16:5). Duas
coisas acontecem com o povo de Deus, (a) A maldição sem causa não funciona (Pv
26:2); (b) Praga nenhuma lhe alcançará (Sl 91:10,12). Enquanto Simei
amaldiçoava, Davi estava sossegado, não revidou e nem proferiu palavra alguma contra
ele.
A proteção divina
sobre as imprecações
Proteção
é algo que nos envolve de maneira sobrenatural e os que estão debaixo dessa proteção
Divina, não sofrerão influencias estranhas e malignas, “pois contra Jacó, não
vale encantamento, nem adivinhação contra Israel (Nr 23.23)”. As maldições não
alcançam o povo de Deus (Nr 22.12,18; Nr 23.11; Nr 24.10). Deus inverte a
maldição em benção, conforme fez com a maldição de Balaão (Dt 23.5). As
palavras imprecatórias não nos alcançam e podemos desfrutar dessa benção (Sl
91.10; Isa 54.17; Jó 5.21; Tg 3.8-10; Rm 8.31, Nr 14.9; Jó 34.29; Sl 118.6; Rm
8. 33,34). Somos guardados porque o anjo do Senhor se acampa ao nosso redor
para nos guardar (Sl. 34.7; Sl 91.3 – 12). Paulo escreveu aos romanos que não
há quem condene aquele que Deus justificou (Rm 8:31)
As bênçãos divinas
Assim
como podem vir às maldições as pessoas desobedientes, as bênçãos divinas também
virão sobre os justos. No antigo testamento as bênçãos eram proclamadas em
momentos solenes, como se ler no salmo 103, onde temos uma expressão pessoal de
agradecimento, em face das bênçãos divinas recebidas. O antigo testamento encerra varias bênçãos
domésticas, nas quais o pai de família invoca a benção divina sobre os seus
filhos (Gn 9:26; 27:27-29; 48:15,16), essas bênçãos tinham grande valor, porque
elas eram proclamadas e as pessoas criam no Deus de Israel. Moisés proferiu uma
benção sobre o povo de Israel como um todo (Dt 28:1-14), sendo que a benção
clássica é a benção de Arão que era o sacerdote (Nr 6:24-26). As bênçãos eram
invocadas quando na adoração pública (Lv 9:22; Dt 10:8). A postura física dos
invocantes usualmente incluía o gesto das mãos erguidas (Lv 9:22). No novo
testamento há bênçãos eloquentes, em (Rm 15:3; 2 Co 13:14; Hb 13:20,21; Jd
24:1; 1 Pe 5:14 e 3 Jo 15), várias das quais são comumente usadas nos nossos
cultos de adoração a Deus, incluindo a benção apostólica no final.
As
bênçãos divinas estão a nossa disposição, nós somos quem escolhemos (Dt
11:26,28). As bênçãos caem sobre os justos (Pv 10:6), ela enriquece sem
acrescentar dores (Pv 10:22). Pela benção do justo a cidade se alegra (Pv
11:11). O crente fiel gozará de abundantes bênçãos espirituais e materiais (Pv
28:20ª; Ml 3:10). Deus fará descer chuvas de bênçãos no seu tempo (Ez 34:26).
Devemos confiar inteiramente no
Senhor, pois dele vem a nossa proteção e as bênçãos divinas, as maldições não
nos alcançarão (Sl 91:5, 6). Deus promete nos livrar (Sl 91:14,15). Mesmo que alguém nos faça o mal, não
devemos retribuir com o mal, antes pelo contrário abençoá-lo (I Pe 3.9,10),
tenhamos a certeza que o Senhor nos protegerá enquanto confiarmos nele, e nos
fará com que as suas copiosamente bênçãos caiam sobre nós e nossos filhos.
Pr.
Elis Clementino – Paulista – PE
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