ESBOÇO 597
TEMA: AS MALDIÇÕES
DE SIMEI
TEXTO:
2 SAMUEL 16:5
As palavras imprecatórias amedrontam
muitas pessoas. As imprecações são impetradas por pessoas cujos corações estão
cheios de iras. Essas terminações são usadas desde os tempos antigos, as pessoas
que acreditavam terem poderes dados por Deus, tanto para amaldiçoar quanto
abençoar, portanto ainda hoje esses termos são usados por pessoas religiosas
que se baseiam no passado.
Significado
a) A maldição é um ato ou efeito de
amaldiçoar ou pronunciar palavras de maldição sobre pessoas e coisas. (b) Imprecação (ato de imprecar,
maldição, praga). Existem alguns salmos considerados imprecatórios, são aqueles
que de alguma forma chocam, porque são julgadores, eles invocam a vingança e a
maldição do nosso Deus sobre pessoas e povos, inclusive as imprecações mais
longas estão nos salmos 35, 69 e 109, mas alguns traços de vingança também
aparecem em outros, podemos citar alguns: (Salmos 31.17-18; 40.14-16; 54.7;
55.15; 58.6-7; 59.9-13; 83.9-17; 137.8-9; 139.19; 40.1). (c) Proclamar a desgraça de alguém ou uma praga.
O poder das
imprecações
Ao
ler o livro de salmos são necessárias algumas considerações, pois as maldições
em algumas ocasiões expressas por pessoas apoiadas em algumas atitudes de
outras podem causar infortúnios “infelicidade, desgraça, calamidade e
desventura em determinados indivíduos”. As religiões antigas confiavam nessas
declarações emocionalmente carregadas, que proclamadas trariam essas
consequências, por isso as pessoas atualmente continuam temendo as maldiçoes
(Rm 3.14). Devemos levar em conta o poder espiritual daquele que amaldiçoava ou
abençoava. Jacó abençoou não somente os seus netos, Efraim, Manassés, mas
também convocou os seus doze filhos para abençoar a cada um deles. E essas bênçãos
têm feito sentir o seu poder entre os seus descendentes até hoje (Gn 49:1-33);
Noé amaldiçoou a Canaã filho de Cam, como também abençoou Cem e Jefé (Gn
9.25,26; Dt 27.16). Há pessoas malignas, que recebem ajuda de espíritos
malignos ou maus, e evidentemente podem prejudicar, ou mesmo levar outra pessoa
as enfermidades e até a morte, entretanto não devemos ser supersticiosos a
ponto de acreditar que venham sobre nós mau olhado ou coisas parecidas, mas
sabe-se que há pessoas dotadas de um grande poder PSÍQUICO e podem
produzir efeitos nas vidas de seus semelhantes. Se amarmos as maldições elas
sobrevirão (Sl 109:17). “Como um pássaro que foge, como uma andorinha
no seu voo, assim a maldição sem causa não se cumpre” (Pv 26.2).
Geralmente
as pessoas que recebe alguma palavra de maldição ou praga se sentem
terrivelmente abaladas, outras não, podemos falar sobre as pragas de Simei
sobre Davi. Aqueles que têm confiança em Deus não se desesperam “Quando o rei
Davi chegou a Beurim, um homem de clã da família de Saul chamado Simei, filho
de Gera, saiu da cidade determinando maldições conta ele” (2 Sm 16:5). Duas
coisas acontecem com o povo de Deus, (a) A maldição sem causa não funciona (Pv
26:2); (b) Praga nenhuma lhe alcançará (Sl 91:10,12). Enquanto Simei amaldiçoava
Davi estava tranqüilo e não revidou, não pronunciou nenhuma palavra contra ele
A proteção divina
sobre as imprecações
Proteção
é algo que nos envolve de maneira sobrenatural e os que estão debaixo dessa proteção
Divina, não sofrerão influencias estranhas e malignas, “pois contra Jacó, não
vale encantamento, nem adivinhação contra Israel (Nr 23.23)”. As maldições não
alcançam o povo de Deus (Nr 22.12,18; Nr 23.11; Nr 24.10). Deus inverte a
maldição em benção, conforme fez com a maldição de Balaão (Dt 23.5). As
palavras imprecatórias não nos alcançam e podemos desfrutar dessa benção (Sl
91.10; Isa 54.17; Jó 5.21; Tg 3.8-10; Rm 8.31, Nr 14.9; Jó 34.29; Sl 118.6; Rm
8. 33,34). Somos guardados porque o anjo do Senhor se acampa ao nosso redor
para nos guardar (Sl. 34.7; Sl 91.3 – 12). Paulo escreveu aos romanos que não
há quem condene aquele que Deus justificou (Rm 8:31)
As bênçãos divinas
Assim
como podem vir às maldições as pessoas desobedientes, as bênçãos divinas também
virão sobre os justos. No antigo testamento as bênçãos eram proclamadas em
momentos solenes, como se ler no salmo 103, onde temos uma expressão pessoal de
agradecimento, em face das bênçãos divinas recebidas. O antigo testamento encerra varias bênçãos
domésticas, nas quais o pai de família invoca a benção divina sobre os seus
filhos (Gn 9:26; 27:27-29; 48:15,16), essas bênçãos tinham grande valor, porque
elas eram proclamadas e as pessoas criam no Deus de Israel. Moisés proferiu uma
benção sobre o povo de Israel como um todo (Dt 28:1-14), sendo que a benção
clássica é a benção de Arão que era o sacerdote (Nr 6:24-26). As bênçãos eram
invocadas quando na adoração pública (Lv 9:22; Dt 10:8). A postura física dos
invocantes usualmente incluía o gesto das mãos erguidas (Lv 9:22). No novo testamento
há bênçãos eloquentes, em (Rm 15:3; 2 Co 13:14; Hb 13:20,21; Jd 24:1; 1 Pe 5:14
e 3 Jo 15), várias das quais são comumente usadas nos nossos cultos de adoração
a Deus, incluindo a benção apostólica no final.
As
bênçãos divinas estão a nossa disposição, nós somos quem escolhemos (Dt
11:26,28). As bênçãos caem sobre os justos (Pv 10:6), ela enriquece sem
acrescentar dores (Pv 10:22). Pela benção do justo a cidade se alegra (Pv
11:11). O crente fiel gozará de abundantes bênçãos espirituais e materiais (Pv
28:20ª; Ml 3:10). Deus fará descer chuvas de bênçãos no seu tempo (Ez 34:26).
Devemos confiar inteiramente no
Senhor, pois dele vem a nossa proteção e as bênçãos divinas, as maldições não
nos alcançarão (Sl 91:5, 6). Deus promete nos livrar (Sl 91:14,15). Mesmo que alguém nos faça o mal, não
devemos retribuir com o mal, antes pelo contrário abençoá-lo (I Pe 3.9,10),
tenhamos a certeza que o Senhor nos protegerá enquanto confiarmos nele, e nos
fará com que as suas copiosamente bênçãos caiam sobre nós e nossos filhos.
Pr. Elis Clementino
– Paulista – PE
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