O DIA DE AMANHÃ NÃO NOS PERTENCE

ESBOÇO 495
TEMA: O DIA DE AMANHÃ NÃO NOS PERTENCE
“Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que ele produzirá”. Pv 27.1

            Há muitas previsões a respeito do futuro. No entanto, nada se sabe a cerca dele, e nem sempre sabemos o presente, apenas o que está ao alcance dos nossos olhos. Muitas vezes julgamos estar tudo bem, mas as ocasiões podem indicar que estamos à beira do perigo e não sabemos. Os discípulos de Jesus demonstraram preocupações sobre o dia de amanhã. Não devemos nos atormentar a cerca do amanhã, porque cada dia terá o seu próprio mal. Cuidar de cada dia já é suficiente, embora não se deva censurar a pessoa que se prepara conscientemente para o futuro, porém, quando o indivíduo chega ao ponto de afligir-se por causa disso, é reprovado por Deus (Mt 6.25,34).

“Não planeje nem se gabe do que você fará amanhã porque ninguém sabe o que cada dia nos reserva” (Pv 27.1). Isso não se aplica somente ao dia seguinte, mas a todo planejamento e presunção a respeito do futuro. O individuo não sabe o que acontecerá um dia à frente, como ele pode saber o que acontecerá mais adiante? Nas escrituras temos exemplos de pessoas que não conheciam o amanhã e mesmo assim firmaram alianças.

Garantias de Jônatas. Qualquer afirmação precipitada é arriscada, pode não se cumprir. Jônatas se antecipou ao afirmar quatro garantias sobre o futuro de Davi e fez as seguintes afirmativas: (1) Meu pai não o achará; (2) você reinará sobre Israel; (3) eu serei contigo o segundo; (4) o meu pai também sabe disso. Essas afirmações precipitadas dele não teriam nenhuma garantia de que aconteceriam (I Sm 23.17),

Abner, quando irado com Isbosete seu sobrinho, por tê-lo acusado de agir erradamente com umas das concubinas de Saul promete entregar o reino de Saul a Davi; depois Joabe acusou Abner de espionagem e mandou matá-lo (2 Sm 3.9,10). Vejam que ninguém sabe o que lhe acontecerá pela frente; Hamã estava certo que seria honrado pelo rei Assuero, mas ele não contava que cairia na sua própria armadilha por perseguir os Judeus. Do coração do homem vem a preparação dos seus caminhos, mas a resposta vem do Senhor. (Et 5.12; 7.1-10); Nabucodonozor, na sua grandeza e glória jamais contava que passaria por uma situação por um aviltamento. Ninguém conhece o seu amanhã, ele não nos pertence (Dn 4.30-33); Belsazar, não esperava que a sua sentença viesse tão rapidamente quando dava um grande banquete com as suas concubinas (Dn 5.24-31).

O rico louco. Lucas registra uma parábola proferida por Jesus: “o rico tolo e avarento” que fazia previsões para anos à frente, ou seja, para o futuro (Lc 12.16-20). A fragilidade humana não permite que se garanta que nossos projetos sejam concretizados. “Do homem são as preparações do coração, mas a resposta vem do Senhor”. (Pv 16.1).

Os discípulos. Estavam preocupados em conhecer o seu amanhã, e qual seria as previsões de Jesus a respeito do futuro deles. As preocupações e a ansiedade pelas coisas parecem nos deixar inquietos e sem dormir, creio que acontecia a mesma coisa com os discípulos. Jesus viu a agitação deles e no final da sua palavra conclui dizendo: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã não nos pertence. Basta a cada dia o seu mal”. (Mt 6.25-34). Devemos confiar em Deus para que todas as nossas intenções e projetos sejam concretizados (Pv 16.3), mas que sejam todos dentro da sua vontade de Deus.

Devemos ter os nossos corações preparados para estarmos satisfeitos com a vontade de Deus em nossas vidas e não deixar que a soberba e a presunção venham nos fazer pensar que tudo está ao nosso alcance; levemos em consideração a palavra de Tiago a respeito das presunções dos corações: “Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois desvanece. Em lugar do que deveis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” (Tg 4.13-16). Esse texto se refere àqueles mercadores que vendiam seus produtos de cidade em cidade. Presunção aqui significa “gloriar-se”. A presunção é maligna (Tg 4.16). Devemos viver fazendo a nossa parte, mas sempre dizendo: se for da vontade de Deus faremos isso ou aquilo.


Pr. Elis Clementino – Itapissuma -PE

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